Que susto! E que susto também para o pessoal que atua com Comunicação Interna, não? Esse Covid veio e fez o Mundo todo repensar ele mesmo! As pessoas estão se repensando. E empresas, como organismos vivos que são, tiveram de se reinventar da noite para o dia!
Se antes da pandemia já havia uma enxurrada diária de informações, várias lives com conteúdo que vão desde arranjos florais em casa até quais mercados desaparecerão no próximo mês surgiram numa velocidade de deixar qualquer geração perdida.
E neste contexto todo, a Comunicação Interna ganhou sim muita importância. Em um cenário externo tão caótico, toda informação com origem nos canais oficiais de comunicação destinada aos colaboradores subiu de patamar. É no empregador que as pessoas vão se apoiar esperando orientações de comportamento, de ação e de produção durante período tão complicado.
No ambiente corporativo, por pior que seja a notícia, ela tem de ser dada. E a forma, conteúdos e meios para isso têm de ser pensados com muita estratégia.
A pandemia vai deixar lições eternas em várias áreas, entre elas a comunicação Interna, claro. Depois de falar com vários clientes, consultar fontes no Brasil e no Exterior, veja as principais tendências que identifiquei em Comunicação Interna (sem ordem de importância):
1. Comunicação interna de mais qualidade e estratégica para a liderança
Quando atuei na área de Comunicação da BASF participei de trabalhos muito interessantes. Um deles foi um estudo sobre as possibilidades do mundo ser vítima de uma pandemia e suas consequências para a humanidade e para os negócios. Isso foi em 2006! Eram tempos do cólera, gripe aviária, gripe suína e etc… À época a empresa investiu bastante em informações gerenciais, notícias políticas, macro e micro econômicas, além de dicas de gestão de pessoas e de comunicação interpessoal.
E na sua empresa, como anda a comunicação com as suas lideranças, especificamente?
2. Informação relevante consiste em apuração sólida e interesse genuíno do público-alvo
Pode parecer óbvio, mas em tempos de Fake News, mesmo se a fonte de determinada informação for de um veículo de imprensa conhecido, apure. O mesmo acontece com as fontes internas. Um duplo check não faz mal a ninguém e, no mínimo, faz o senso crítico da equipe aumentar. Além disso, será que determinada informação é realmente útil para o público ao qual se destina? Na dúvida, sabe o que você pode fazer? Perguntar para as suas fontes internas!
Veículos que terão mais espaço na comunicação interna
3. Rádio Corporativa
Não vou nem comentar que o mundo será diferente. Isso você já sabe. De acordo uma palestra recente da professora da ESPM Malu Weber, a Rádio Corporativa está crescendo no mundo empresarial como veículo importante de comunicação com empregados, principalmente porque remete a credibilidade, mobilidade e fala a “língua do povo”. A QComm oferece soluções de Rádio Corporativa desde 2013, sobretudo para “chão de fábrica” e “operação de obra”, públicos pouco familiarizados com a leitura. Desde 2017 temos clientes que usam o veículo também para públicos mais estratégico e com características diferentes.
4. PodCasts
O mundo dos podcasts não é novo, é claro. Porém, depois que a Rede Globo começou a apostar fortemente neste formato em 2019, aí cresceu de vez no Brasil! E no mundo empresarial a mesma coisa. A produção é fácil, rápida. E o conteúdo pode ser viralizado rapidamente entre os colaboradores, por isso mesmo precisa de estratégia, conteúdo sério e responsável. Nós sabemos bem o que é isso, desde 2015 trabalhamos com este formato e com grande aceitação.
5. Influenciadores internos
A comunicação interna sempre se valeu dos influenciadores internos, aqueles profissionais que têm uma grande ascendência sobre os demais. Detalhe. Na maioria das vezes, eles não ocupam cargos de chefia. São os líderes do culto na obra ou no bairro, unem todos para jogar bola no final de semana, organizam as caronas, os churrascos entre as famílias e muito mais. Já pensou em começar a aproveitar a influência destes funcionários-chave para o bem dos negócios?
Uma rápida historinha – Lá para os idos de 2014 estava em uma obra da Niplan Engenharia no interior do Espírito Santo. Eram mais de 3.000 colaboradores do meu cliente dentre um total de quase 8.000 em um empreendimento para uma grande mineradora da região. Os outros 5.000 eram funcionários de cerca de outras 10 empresas contratadas. Imagine a maçaroca de informações?
Ao circular no canteiro, o gerente da obra me chama correndo e fala: “Oswaldo, entrevista aquele cara ali”. “Mas sobre o quê?” “Sobre…, Segurança do Trabalho e uso de EPI”. E assim o fiz. Peguei meu gravador e falei com um rapaz que tinha uma retórica excelente para os padrões do pessoal de operação por três minutos. Colocamos a entrevista na Rádio Niplan e o status que ele merecia veio à tona.
Resultado: ele deixou de subir no palanque do sindicato do lado de fora da empresa para falar nos DDS (Diálogos Diários de Segurança) e ter um espaço “só dele” nos programas da Rádio Niplan. Seria este um dos primeiros casos de “influencers” no mundo corporativo 😊?
Semana que vem vou trazer mais tendências em Comunicação Interna. Vamos falar de vídeos, aplicativos, alinhamento de discurso interno com ações externas e vice-versa…
Identificou mais alguma tendência? Conte para nós?!
Oswaldo Quartim Barbosa – diretor da QComm Comunicação
2 comentários. Deixe novo
Como está sendo e como vai ser a comunicação interna quando membros da empresa estiverem em home-office?
Olá Vital. Obrigado pela sua participação. É aí que a tecnologia vai falar mais alto e, claro, os líderes terão de mostrar pára que vieram. Na nossa humilde opinião, informação estratégicas terão de ser melhor trabalhada também, para auxiliar nas tomadas de decisões.
um abraço!